PC-ES abre concurso: 1.052 vagas de OIP, salário R$8.539

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PC-ES abre concurso: 1.052 vagas de OIP, salário R$8.539

Quando Polícia Civil do Espírito Santo divulgou, nesta segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, o edital de abertura do certame, a cidade inteira acordou. O concurso oferece 1.052 vagas para o cargo de oficial investigador de polícia (OIP), com remuneração inicial de R$ 8.539,34, além de auxílio‑alimentação de R$ 800. As inscrições, que vão de 16 de outubro a 16 de novembro, devem ser feitas exclusivamente pelo site do Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (IBADE), mediante pagamento de taxa de R$ 130.

Contexto da criação do cargo

O cargo de oficial investigador de polícia foi concebido pela Lei Complementar nº 1.093, sancionada em novembro de 2024 pelo governador Renato Casagrande. O objetivo, segundo o próprio delegado‑geral da corporação, José Darcy Arruda, era modernizar a estrutura investigativa, juntando em um só cargo as antigas funções de investigador, escrivão e agente de polícia. A medida atende a uma demanda crescente por integração de processos e maior agilidade nas investigações criminais.

Antes da lei, a PC‑ES espalhava suas funções entre três carreiras distintas, o que gerava sobreposições e lacunas. Agora, com a criação do OIP, a corporação espera melhorar a qualidade das investigações e proporcionar uma trajetória de carreira mais clara e motivadora.

Detalhes do edital e fases do concurso

O certame, oficialmente denominado Concurso PC‑ES 2025, será dividido em seis etapas, todas eliminatórias ou classificatórias: prova objetiva, Teste de Aptidão Física (TAF), exame de saúde, avaliação psicotécnica, investigação criminal e social, e curso de formação profissional. As provas objetivas estão marcadas para 1º de fevereiro de 2026 e serão realizadas simultaneamente em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim.

O conteúdo programático inclui Língua Portuguesa, Noções de Informática, Raciocínio Lógico, Matemática, Noções de Contabilidade, Administração Geral e Pública, além de disciplinas jurídicas como Direito Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal e Civil. Cada área foi pensada para avaliar tanto o conhecimento teórico quanto a capacidade de aplicação prática, essencial para quem vai assumir a investigação de crimes complexos.

Distribuição das vagas e impacto regional

Setenta por cento das vagas (aproximadamente 736) serão destinadas ao interior do estado, enquanto os 30% restantes (cerca de 316) caberão na região da Grande Vitória. Essa divisão, explicada por José Darcy Arruda, tem o intuito de reforçar a presença policial em municípios que historicamente têm menos recursos investigativos.

Para cidades como Linhares e Cachoeiro de Itapemirim, a chegada de novos oficiais pode significar respostas mais rápidas a crimes ambientais e ao tráfico de drogas, que têm sido desafios recorrentes. Já na capital, a maior concentração de processos judiciais complexos demanda profissionais com formação robusta, o que o novo cargo promete atender.

Remuneração, requisitos e perspectivas de carreira

Remuneração, requisitos e perspectivas de carreira

O salário de R$ 8.539,34 já inclui o benefício de auxílio‑alimentação de R$ 800, o que coloca o cargo entre os mais bem remunerados da carreira policial estadual. O requisito básico é nível superior completo em qualquer área, o que abre portas para engenheiros, advogados, psicólogos e até graduados em artes que queiram mudar de rumo.

Segundo o delegado‑geral, a progressão na carreira pode levar o servidor, em até 15 anos, ao patamar de comandante de unidade de investigação, com salários que superam R$ 12 mil. Essa perspectiva tem atraído profissionais de áreas diversas, ansiosos por estabilidade e benefícios do serviço público.

Próximos passos e calendário

Após o término das inscrições em 16 de novembro, a banca organizadora do IBADE iniciará a fase de triagem documental. As provas objetivas, previstas para 1º de fevereiro de 2026, darão início ao filtro dos candidatos. Os aprovados seguirão para o TAF, exames médicos e avaliações psicotécnicas, com previsão de conclusão de todas as fases até agosto de 2026.

Se tudo correr dentro do cronograma, a posse dos novos oficiais deverá acontecer no segundo semestre de 2026, após a conclusão do curso de formação profissional obrigatório, que terá duração de quatro meses. O governo estadual promete monitorar de perto a eficácia do novo cargo, ajustando processos conforme necessário.

Perguntas Frequentes

Quantas vagas são destinadas ao interior do Espírito Santo?

Aproximadamente 736 vagas (70% do total) serão distribuídas para municípios do interior, fortalecendo a presença investigativa em áreas menos atendidas.

Qual é a remuneração inicial e os benefícios oferecidos?

O salário base é de R$ 8.539,34, acrescido de auxílio‑alimentação de R$ 800, totalizando R$ 9.339,34 mensais. O cargo ainda oferece estabilidade, plano de saúde e aposentadoria integral.

Quais são as etapas do processo seletivo?

O concurso tem seis fases: prova objetiva, Teste de Aptidão Física, exame de saúde, avaliação psicotécnica, investigação criminal e social, e curso de formação profissional. Todas são eliminatórias ou classificatórias.

Quem pode se inscrever? É necessário ter formação específica?

Qualquer cidadão brasileiro com nível superior completo em qualquer área pode concorrer, desde que atenda aos requisitos de idade (18 a 35 anos) e às condições de aptidão física e mental.

Quando os candidatos aprovados deverão assumir o cargo?

A previsão é que a posse ocorra no segundo semestre de 2026, logo após a conclusão do curso de formação, que tem duração de quatro meses.

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5 Comentários

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    Túlio de Melo

    outubro 7, 2025 AT 04:45

    Modernizar a investigação é mais que uma mudança burocrática é abrir caminhos para a verdade se revelar. Quando os papéis de investigador escrivão e agente se fundem cria‑se um fluxo de informação mais coerente. A nova figura do OIP pode reduzir a dissociação entre coleta de provas e análise jurídica favorecendo decisões mais rápidas. A sociedade ganha ao ver crimes complexos sendo desvendados com menos ruído institucional.

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    Jeferson Kersten

    outubro 15, 2025 AT 07:12

    Analisando o edital percebe‑se que o salário de R$ 8.539,34 está acima da média nacional para cargos de nível superior no serviço público estadual, porém a exigência de formação genérica pode gerar incompatibilidade de competências. A divisão de 70 % das vagas para o interior atende à necessidade de cobertura territorial, mas falta clareza sobre as metas de desempenho. Ademais, o cronograma de provas é ambicioso e pode sobrecarregar candidatos que ainda precisam conciliar trabalho ou estudos.

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    Benjamin Ferreira

    outubro 23, 2025 AT 09:38

    Todo mundo pensa que a criação do OIP resolve todos os gargalos da polícia, mas a realidade é mais sutil. A teoria da integração de funções remonta a princípios de eficiência administrativa estudados por Max Weber, que defendia a legitimação do poder através de procedimentos racionais. Na prática, porém, a sobrecarga de atribuições pode gerar burnout nos oficiais, especialmente se os critérios de avaliação não forem bem definidos. É imprescindível que o IBADE inclua módulos de gestão de estresse no curso de formação, caso contrário o investimento poderá ser desperdiçado. Além disso, a remuneração atrativa desperta interesse imediato, porém a progressão de carreira dependerá de fatores políticos internos que raramente são transparentes.

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    Ryane Santos

    outubro 31, 2025 AT 12:05

    É lamentável ver como alguns citam teorias sociológicas para encobrir a falta de planejamento real do governo.
    O edital parece mais um panfleto de marketing do que um documento técnico bem estruturado.
    A promessa de modernização ignora completamente a burocracia enraizada que já atrasa investigações há décadas.
    Colocar 1.052 vagas num estado que ainda luta com déficit de equipamentos básicos é puro espetáculo.
    A alegação de que o salário vai atrair profissionais qualificados esquece que a maioria das universidades estaduais produz poucos candidatos aptos para tarefas complexas.
    Além disso, a exigência de nível superior em qualquer área abre precedentes perigosos, pois um engenheiro civil não sabe identificar evidências forenses.
    O teste de aptidão física, embora necessário, será usado como filtro para excluir candidatos que realmente poderiam contribuir com inovação.
    A distribuição de 70 % das vagas para o interior parece altruísta, mas na prática será mais um caminho para a migração de servidores de cidades maiores em busca de comodidade.
    O cronograma apertado, com provas objetivas marcadas para fevereiro de 2026, não deixa tempo suficiente para preparação adequada.
    O fato de que ainda não há transparência sobre a banca organizadora deixa um cheiro de irregularidade.
    É evidente que o governo prioriza números e manchetes em vez de qualidade e efetividade dos serviços.
    A inclusão de áreas como contabilidade e administração no conteúdo programático demonstra uma confusão de competências.
    Quem realmente entende de investigação criminal não vai se contentar apenas com salários atrativos.
    A expectativa de que, em quinze anos, um OIP possa chegar a comandante parece mais um mito do que uma projeção realista.
    Em suma, o concurso é um convite para o engodo, e se o candidato não perceber isso logo, correrá o risco de desperdiçar tempo e dinheiro em um projeto fadado ao fracasso.

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    Lucas da Silva Mota

    novembro 8, 2025 AT 14:32

    Distribuir a maior parte das vagas para o interior parece uma decisão política mais que estratégica. Enquanto a capital lida com crimes de alta complexidade, cidades menores ainda sofrem com falta de recursos básicos, então acrescentar mais oficiais não garante solução imediata. Quem realmente precisa de investigadores experientes são as grandes áreas urbanas, onde a criminalidade organizada é mais presente. Essa política pode ser vista como tentativa de ganhar votos ao invés de melhorar a eficácia policial.

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