México e Uruguai empatam em 0 a 0 em amistoso preparatório para a Copa do Mundo de 2026

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México e Uruguai empatam em 0 a 0 em amistoso preparatório para a Copa do Mundo de 2026

Um silêncio estranho tomou conta do Estadio Nuevo Corona em Torreón na noite de sábado, 15 de novembro de 2025. Nada de gols. Nada de comemoração. Apenas um empate sem gols entre México e Uruguai — um amistoso que, apesar da expectativa, terminou como um jogo de tática e cansaço, não de arte. A partida, válida como preparação para a Copa do Mundo de 2026, foi disputada às 22h (horário local) e encerrou-se às 23h45, com cinco minutos de acréscimo. Nenhum dos times conseguiu superar a defesa adversária. Nenhum. E isso, para quem esperava algo mais, foi frustrante.

Um jogo sem inspiração, mas com muita disciplina

O México dominou as estatísticas: 53% de posse, 418 passes, 11 chutes — três deles no alvo. Mas dominar não é criar. O Uruguai, com apenas 3 chutes (2 no alvo) e 47% de posse, jogou como se tivesse um plano de guerra: interromper, resistir, esperar. E funcionou. Segundo o site Terra, o jogo foi marcado por “pouca criatividade ofensiva e excesso de interrupções”. E não foi exagero. Foram 39 faltas no total — 10 do México, apenas 3 do Uruguai. Oito cartões amarelos. Nenhum pênalti. Nenhum escanteio. Nem um.

Na última jogada do jogo, aos 90+5’, Johan Vásquez cabeceou da área, mas Santiago Mele, goleiro do Uruguai, fez uma defesa espetacular, com as mãos, para manter o placar zerado. A assistência veio de Gilberto Mora. Foi o momento mais próximo de um gol — e ainda assim, nada.

As equipes e os jogadores em campo

O México começou com Edson Álvarez como capitão, no meio-campo, e Raúl Jiménez como ponta de lança. Mas o ataque, que deveria ser o ponto forte, parecia desarticulado. Substituições no segundo tempo — Erik Lira, Obed Vargas e Orbelín Pineda — não mudaram o ritmo. Já o Uruguai, com Darwin Núñez isolado na frente e o trio Nahitan Nández, Rodrigo Bentancur e Manuel Ugarte no meio, fez o que sempre faz: jogou com intensidade e organização defensiva. Nández, que foi expulso no segundo tempo, foi um dos mais ativos, mas também o mais agressivo.

Do lado mexicano, César Montes e Edson Álvarez levaram amarelo. Do uruguaio, Nahitan Nández, Facundo Torres, Jose Giménez, Rodrigo Aguirre, Maxi Araújo e Guillermo Varela completaram a lista de cartões. Um jogo de nervos, não de talento.

Contexto: dois times, duas realidades

Contexto: dois times, duas realidades

O México já estava classificado como anfitrião da Copa do Mundo de 2026 — junto com os EUA e o Canadá. Mas o time vem de quatro jogos sem vencer. A pressão é enorme. A torcida quer ver evolução, não repetição. Já o Uruguai, que se classificou em quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas, vinha de quatro vitórias em cinco jogos. O empate foi uma desaceleração — e talvez, um sinal de alerta. Eles não precisam mais vencer para se classificar. Mas precisam de ritmo. E esse jogo não ajudou.

Curiosamente, alguns jogadores com passagem por clubes brasileiros estavam na lista — Nahitan Nández (ex-Vasco), Matías Viña (Flamengo) e Puma Rodríguez (Vasco) — mas nenhum entrou em campo. Apenas como observadores, talvez para avaliar o clima. O técnico uruguaio, Diego Alonso, preferiu a experiência da base. O técnico mexicano, Jaime Lozano, tentou misturar jovens e veteranos. Nenhum dos dois acertou.

O que vem a seguir?

Na terça-feira, 18 de novembro, o México enfrenta o Paraguai no Alamodome, em San Antonio, Texas. O Uruguai joga contra os EUA no Raymond James Stadium, em Tampa, Florida. Ambos os jogos serão em território norte-americano — um detalhe que não passa despercebido: a Copa do Mundo de 2026 será um evento transnacional, e esses amistosos são testes de logística, identidade e pressão.

Os treinadores já sabem: não adianta ter mais posse se não se cria perigo. Não adianta ter mais chutes se não se converte. O futebol moderno exige eficiência — e nesse jogo, os dois times falharam nisso.

As reservas e os que não jogaram

As reservas e os que não jogaram

O México convocou 28 jogadores para a janela de novembro. Apenas 11 começaram contra o Uruguai. Entre os que ficaram no banco: Ángel Malagón, Kevin Álvarez, Jorge Ruvalcaba, Carlos Acevedo e Alexis Gutiérrez. O Uruguai, por sua vez, manteve o goleiro Sergio Rochet como reserva, e também incluiu Nacho Laquintana (Red Bull Bragantino), Puma Rodríguez e Matías Viña — todos com passagem por clubes brasileiros, mas sem minutos. O treinador uruguaio parece priorizar a continuidade. O mexicano, a experimentação.

Frequently Asked Questions

Por que o México não conseguiu marcar, mesmo com mais posse e chutes?

Apesar de ter 11 chutes contra apenas 3 do Uruguai, o México sofreu com falta de precisão e finalização. Muitos chutes foram de longe, ou sem ângulo, e os atacantes, como Raúl Jiménez e Hirving Lozano, ficaram isolados. A média de passes na área foi de apenas 28 por jogo — abaixo da média da equipe nesta temporada. O Uruguai, por outro lado, compactou bem e cortou as linhas de passe, forçando erros.

O empate prejudica a classificação do Uruguai para a Copa do Mundo?

Não. O Uruguai já está classificado desde outubro, após terminar em quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas. O empate não afeta sua posição, mas pode ser um alerta para o técnico Diego Alonso: o time precisa de mais fluidez ofensiva antes da Copa. O último jogo antes da competição será contra os EUA, um adversário forte — e esse resultado mostra que o Uruguai não pode depender só da defesa.

Por que tantos cartões amarelos e poucos escanteios?

A intensidade física e a falta de criatividade levaram os jogadores a recorrerem a faltas para interromper o jogo. O Uruguai, especialmente, usou a marcação dura para desestabilizar o México. Já a ausência de escanteios indica que os times não conseguiram criar oportunidades por cobranças de bola parada — um sinal de que a bola não chegava à área com qualidade. Apenas 12 chutes no total em 90 minutos é um número extremamente baixo para um jogo de alto nível.

Como o resultado afeta a preparação do México para a Copa do Mundo?

O empate estendeu a sequência de quatro jogos sem vitória do México — a pior fase desde 2021. Com a pressão de ser anfitrião, a federação precisa de mais consistência. O técnico Jaime Lozano está tentando integrar jovens como Obed Vargas, mas a falta de eficiência ofensiva é preocupante. A próxima partida contra o Paraguai será um teste real: o México precisa vencer para acalmar a torcida e reforçar a confiança do grupo.

Quais jogadores brasileiros estiveram envolvidos, mesmo sem jogar?

Três jogadores com passagem por clubes brasileiros estavam na lista: Nahitan Nández (ex-Vasco), Matías Viña (Flamengo) e Puma Rodríguez (Vasco). Embora não tenham entrado em campo, sua presença indica que o Uruguai está atento a jogadores que atuam na América do Sul. O futebol sul-americano é um ponto estratégico para recrutamento — e esses nomes podem ser decisivos nos jogos da Copa, caso haja lesões ou suspensões.

O que esse empate revela sobre o nível do futebol sul-americano antes da Copa do Mundo?

Revela que, mesmo entre seleções de alto nível, a preparação pode ser desigual. O México ainda busca identidade tática; o Uruguai, por outro lado, confia demais na experiência e na defesa. Ambos têm talento, mas falta coesão. A Copa do Mundo de 2026 será um teste de adaptação: quem souber equilibrar disciplina e criatividade sairá na frente. Esse 0 a 0 foi um aviso: o futebol não se resolve só com posse de bola.

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