Atlético Mineiro e Lanús disputam final da Sudamericana 2025 com show inédito no intervalo em Assunção

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Atlético Mineiro e Lanús disputam final da Sudamericana 2025 com show inédito no intervalo em Assunção

A final da CONMEBOL Sudamericana 2025 entre Club Atlético Mineiro e Club Atlético Lanús vai acontecer no sábado, 22 de novembro de 2025, às 17h (horário local, UTC-3), no Estádio Único Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. E não será apenas um clássico entre dois times com histórias profundas — será o primeiro evento da competição a ter um show de intervalo ao vivo, fora do estádio, com uma banda que virou fenômeno na América Latina. A cerimônia de abertura já tem nome: Eduardo Schecktel, o icônico torcedor do Galo conhecido como "Dudu Galo Doido". E o clima vai esquentar ainda mais com a banda argentina Los del Fuego animando a torcida visitante. Mas o verdadeiro ponto de virada? A CONMEBOL decidiu que, pela primeira vez na história da Sudamericana, o intervalo terá um espetáculo musical independente — e não dentro do estádio, mas na Costanera de Assunção, com entrada gratuita.

Um estádio que já viu história — e agora faz mais

O Estádio Único Defensores del Chaco, inaugurado em 1917, já sediou finais da Libertadores e da Copa América, mas nunca antes uma decisão da Sudamericana. Com capacidade para 42.354 pessoas, o local é um templo do futebol sul-americano, onde o grito da torcida parece ecoar até os rios da região. A escolha de Assunção como sede foi, na verdade, uma espécie de redenção: a cidade já recebeu duas finais anteriores da competição, mas sempre em outros estádios. Dessa vez, a CONMEBOL quis homenagear o símbolo. "É parte essencial da história do futebol sul-americano", disse a entidade em outubro de 2025. E agora, com um show de intervalo inédito, o estádio entra para um novo capítulo — não só como palco de lutas, mas de cultura.

Os shows: entre tradição e revolução

A cerimônia de abertura promete emocionar. Eduardo Schecktel, que criou o apelido "Galo Doido" e se tornou um símbolo da torcida atleticana, anunciou sua participação no Instagram em 21 de novembro com um vídeo emocionado: "Vou levar o Mineirão até o Paraguai", disse. Ele promete uma performance que mistura dança, música e uma dose pesada de paixão atleticana. Já os argentinos terão Los del Fuego, uma banda que já tocou em Buenos Aires e em festivais da Argentina com uma sonoridade que mistura rock, cumbia e folk. O contraste é intencional: um lado da corda, o coração do Brasil; o outro, a alma da Argentina.

Mas o que realmente surpreendeu o mundo do futebol foi o anúncio do show do intervalo. A banda paraguaia Kchiporros — conhecida por sua energia caótica e letras que misturam sátira e identidade nacional — fará um show ao ar livre na Costanera, a orla de Assunção, onde foi montada uma fan fest com telões, food trucks e áreas de lazer. O patrocínio é da ueno bank, empresa que entrou no futebol sul-americano como um novo player de financiamento esportivo. "É épico. Pela primeira vez, a final da Sudamericana terá um show de meio tempo com Kchiporros", publicou a CONMEBOL no X (antigo Twitter) em 21 de novembro. O show será transmitido ao vivo nos telões dentro do estádio — e os ingressos gratuitos para a área externa já estão sendo distribuídos por meio dos canais oficiais da entidade, segundo o Lance!.

Um precedente: Shakira e a nova era do futebol como espetáculo

Isso não é invenção da CONMEBOL. O precedente veio da CONMEBOL Copa América 2024, em Miami, quando Shakira abriu o jogo entre Argentina e Colômbia com um show que viralizou no mundo inteiro. A entidade, então, decidiu que o modelo poderia ser adaptado — não para substituir a tradição, mas para expandi-la. "A Copa América foi um marco. Agora, queremos que a Sudamericana também tenha seu momento único", explicou um diretor da CONMEBOL em entrevista exclusiva ao site Itatiaia. A diferença? Enquanto Shakira foi um evento global, Kchiporros é um fenômeno regional — e isso faz toda a diferença. A banda, que já tocou em Madri, Londres, Nova York e até em cidades do México, é um símbolo da nova geração de músicos paraguaios que não precisam de grandes selos para conquistar o continente.

Os times: um sonho e uma redenção

Os times: um sonho e uma redenção

O Atlético Mineiro busca seu primeiro título na Sudamericana. Apesar de ser um dos clubes mais vitoriosos do Brasil, a competição continental sempre lhe escapou. Já o Lanús tenta se consagrar pela segunda vez — a primeira foi em 2013, quando venceu o Independiente na final. As semifinais, segundo a CONMEBOL, foram "disputas de alta tensão". O Mineiro eliminou o River Plate em um jogo de volta emocionante, com gol de pênalti no último minuto. O Lanús, por sua vez, superou o Corinthians em um duelo de ida e volta que terminou em 3 a 3 no agregado, com vitória por penais. O clima é de final de filme.

Os ingressos: entre exclusividade e acessibilidade

As vendas para o jogo principal começaram em 31 de outubro e foram encerradas em 4 de novembro. Três categorias foram definidas: duas para público geral (com preços entre US$ 130 e US$ 220) e uma exclusiva para moradores do Paraguai, com valores mais acessíveis — cerca de 60% do preço da categoria mais barata. A capacidade total do estádio foi esgotada em menos de 72 horas. Mas enquanto os ingressos para o jogo são caros e limitados, o show da Kchiporros é gratuito — e isso é o que está movendo a cidade. Milhares de paraguaios, que nunca foram a uma final da Sudamericana, agora vão à Costanera só para ver a banda. "É o primeiro evento em que o futebol não é o único protagonista", disse um morador de Assunção ao site BNews. "A gente vai lá para dançar, para sentir o que é ser paraguaio. O jogo é só o que acontece depois."

Um gesto inusitado do presidente

Um gesto inusitado do presidente

Em 20 de novembro, o presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, fez algo inédito: fez subir ao espaço, em um balão, uma réplica do troféu da Sudamericana e a bola oficial da competição. O vídeo, postado em suas redes sociais, mostra o objeto flutuando contra o céu azul, com a legenda: "O futebol não tem limites. Nem o nosso sonho." A ação, apesar de aparentemente simbólica, foi vista como uma tentativa de reforçar o caráter histórico do evento — e de desviar o foco das críticas sobre os altos custos da organização. "É um gesto de fé", disse um analista esportivo em Assunção. "Mas também é um marketing brilhante. Quem esquece um balão levando um troféu ao céu?"

Frequently Asked Questions

Por que o show da Kchiporros foi feito fora do estádio?

A CONMEBOL optou por realizar o show na Costanera de Assunção para permitir acesso gratuito a milhares de pessoas que não puderam comprar ingressos para o jogo. Isso também evita interrupções no fluxo da partida e permite uma experiência mais aberta, com food trucks e áreas de lazer. A decisão foi inspirada em eventos como o Rock in Rio, onde o espetáculo e o futebol coexistem sem competir por espaço.

Quem é Kchiporros e por que foi escolhida?

Kchiporros é uma banda paraguaia de rock alternativo com forte identidade nacional, conhecida por letras irônicas e apresentações caóticas. Foi escolhida por ser a banda mais popular do Paraguai em 2025, com turnês na Europa e nos EUA. Sua música representa a juventude e a rebeldia cultural do país — algo que a CONMEBOL queria celebrar, em vez de trazer um nome internacional.

Como foi possível vender todos os ingressos em tão pouco tempo?

A combinação de um clássico Brasil vs. Argentina, o histórico do Estádio Defensores del Chaco e o marketing agressivo da CONMEBOL — incluindo o anúncio do show da Kchiporros — criou uma demanda inédita. Além disso, a categoria local com preços reduzidos atraiu moradores de Assunção e cidades vizinhas. Em 72 horas, todos os 42.354 ingressos foram esgotados, segundo dados da entidade.

Qual é o impacto desse modelo para futuras finais da Sudamericana?

Se o sucesso for confirmado, a CONMEBOL pode replicar o modelo em outras edições, especialmente em países com forte cultura musical. O foco não é mais só no futebol, mas na experiência total do torcedor. Isso pode atrair novos patrocinadores, aumentar o alcance da competição e até mudar a forma como os torneios são planejados — com mais espaço para cultura, arte e entretenimento.

Por que Eduardo Schecktel foi escolhido para a abertura?

Schecktel não é um artista profissional, mas um símbolo da torcida do Atlético Mineiro. Sua escolha representa uma ruptura com a lógica tradicional de contratar celebridades. Ele é o que o torcedor comum vê no estádio — apaixonado, autêntico, sem filtro. A CONMEBOL queria mostrar que o futebol não é só de jogadores, mas de quem vive por ele.

O show da Kchiporros vai ser transmitido para quem não estiver em Assunção?

Sim. A CONMEBOL confirmou que o show será transmitido ao vivo em sua plataforma digital e nos canais de TV parceiros em todos os países da América do Sul. Além disso, trechos do evento serão disponibilizados nas redes sociais da entidade, com legendas em português, espanhol e inglês. O objetivo é transformar o intervalo em um momento global — não só local.

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