Brasileirão: Cruzeiro vence o São Paulo por 1 a 0 com gol de Matheus Pereira no Mineirão

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Brasileirão: Cruzeiro vence o São Paulo por 1 a 0 com gol de Matheus Pereira no Mineirão

Gol de Matheus Pereira decide noite intensa no Mineirão

Noite grande em Belo Horizonte. Pela 22ª rodada do Brasileirão 2025, o Cruzeiro venceu o São Paulo por 1 a 0 no Mineirão, neste 30 de agosto, e somou três pontos que pesam muito na disputa do campeonato. Matheus Pereira foi o nome do jogo: apareceu no momento certo, finalizou com precisão e carimbou o resultado em um duelo que ficou aberto até o fim.

Foi uma partida de atenção máxima dos dois lados. O São Paulo tentou impor ritmo com circulação rápida de bola e muita participação dos pontas, esticando o campo e apostando em cruzamentos. O time mineiro respondeu com organização: linhas compactas, volante protegendo a entrada da área e ataques verticais sempre que recuperava a posse. O gol saiu dessa mistura de paciência e velocidade, com Matheus se infiltrando entre os zagueiros e concluindo com frieza.

Depois do gol, o ritmo esquentou. O São Paulo adiantou a marcação, tentou empurrar o Cruzeiro para trás e até encontrou espaços pelo lado direito, em jogadas de fundo. Faltou, porém, capricho na última bola. Houve finalizações perigosas de média distância e bolas alçadas buscando presença de área, mas a defesa celeste cortou quase tudo por cima e por baixo.

Se o placar não ficou mais elástico, boa parte do mérito foi de Rafael. O goleiro do São Paulo fez defesas em momentos-chave: espalmou chute rasteiro colocado, abafou finalização cara a cara e ainda interveio em bola desviada que mudaria a história do jogo. Em duas chegadas de Matheus Pereira, uma em contra-ataque e outra em batida de fora, Rafael apareceu no tempo exato.

O Cruzeiro, por sua vez, soube controlar o emocional. Não caiu na tentação de se fechar demais e abdicar do ataque. Quando o São Paulo se lançou, os mineiros responderam com transições bem costuradas, abrindo o campo com os pontas e buscando a diagonal de Matheus. Em alguns lances, a equipe trabalhou a posse com calma, chamando o adversário para sair e abrindo brechas entre linhas.

Nos minutos finais, a estratégia paulista foi clara: pressão alta, muita bola aérea e volume. Faltou uma jogada mais limpa por dentro. O Cruzeiro baixou o bloco quando necessário, não perdeu a concentração nas bolas paradas e manteve o controle do espaço na entrada da área. O apito final veio com a sensação de que os mineiros executaram melhor o plano e, sobretudo, foram mais cirúrgicos.

Leituras do jogo, impacto na tabela e próximos passos

Leituras do jogo, impacto na tabela e próximos passos

A vitória sustenta a boa campanha cruzeirense no campeonato e reforça uma ideia simples: eficiência decide. O time não criou dezenas de chances, mas foi preciso quando teve a oportunidade. Além do gol, construiu situações claras em jogadas de ruptura e arrancadas em velocidade. Manteve intensidade sem perder organização, algo que costuma separar quem briga em cima de quem oscila no meio da tabela.

Para o São Paulo, fica a frustração de desperdiçar um jogo que, pelo volume, poderia render pontos. A equipe encontrou caminhos pelos lados, girou bem a bola e forçou o erro do rival em algumas saídas, mas esbarrou no acabamento. Quando acertou o alvo, trombou com um goleiro em grande noite do outro lado e com uma defesa que protegeu a área com firmeza.

Matheus Pereira foi protagonista. Flutuou entre as linhas, desmontou a marcação ao receber de costas e virar o corpo, e atacou os espaços com tempo perfeito. Também ajudou sem a bola, pressionando saída e fechando corredor. Quando o jogo pedia pausa, segurou a posse; quando pedia aceleração, acelerou. Esse equilíbrio fez diferença.

Do lado tricolor, Rafael segurou o time no jogo. A segurança nas bolas médias e a leitura para encurtar ângulo em lances decisivos evitaram que o placar saísse do controle. É aquela atuação que dá moral ao elenco, mesmo em derrota. Já a zaga sofreu mais quando precisou defender correndo para trás, especialmente nos contra-ataques que nasceram de perda de bola no campo ofensivo.

Em termos de tabela, os três pontos mudam humor e ambição. Para o Cruzeiro, é impulso numa sequência dura do calendário, com viagens, desgaste e pouco tempo de treino. Para o São Paulo, é alerta: desempenho com posse e volume não basta se a execução na área adversária não acompanha. A tendência é que a comissão técnica ajuste a agressividade na zona de finalização, treine mais a definição e lapide a última tomada de decisão.

Hernán Crespo falou após a partida, analisou a atuação, mencionou pontos de evolução e cobrou competitividade nos detalhes. Sem polêmica, sem desculpas. Do outro lado, a comissão técnica celeste valorizou a entrega do grupo e o controle emocional em um jogo tenso do primeiro ao último minuto.

Clássico interestadual tem peso próprio, e Mineirão cheio muda a energia do jogo. A vitória abre mais um capítulo dessa rivalidade tradicional e deixa no ar um recado para as próximas rodadas: quem for mais clínico na área vai levar vantagem. O Cruzeiro sai fortalecido por transformar chance em gol. O São Paulo sai com lições claras: ajustar o terço final, cuidar das transições defensivas e manter a cabeça fria quando o placar aperta.

Agora, a engrenagem do Brasileirão segue sem respiro. O Cruzeiro tenta estender a sequência positiva com base em organização e eficiência. O São Paulo trabalha para converter volume em gols, porque jogo construído não tem valor se a rede não balança. O campeonato está vivo, a disputa é longa, e cada detalhe conta.