A discussão sobre o uso do VAR nos jogos de futebol tem sido um tema quente entre clubes, torcedores e especialistas há algum tempo. Recentemente, essa controvérsia foi reacendida pelo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, que fez duras críticas às decisões tomadas pelo VAR em partidas chave envolvendo sua equipe. As declarações inflamadas apontam especificamente para o árbitro assistente de vídeo, Tiago Martins, um nome bem conhecido no futebol Português.
Pinto da Costa não poupou palavras ao classificar como inaceitáveis as decisões que acredita terem prejudicado o seu time. Segundo ele, a fama de Tiago Martins como um dos melhores VAR's não se refletiu nas partidas onde o FC Porto viu penalidades não serem marcadas ou, em alguns casos, até serem retiradas após revisão. Esse sentimento de injustiça começou em uma partida contra o Boavista, onde um pênalti claríssimo, aos olhos de Pinto da Costa, foi completamente ignorado.
Nesse jogo inicial, a responsabilidade recaiu sobre o árbitro Manuel Oliveira, mas o dedo do presidente aponta também para o VAR, que optou por não intervir. A partir dessa partida, Pinto da Costa começou a catalogar incidentes similares, alimentando uma narrativa de constantes falhas de arbitragem operadas por Tiago Martins. Em choque ainda maior, ele se referiu à ocasião em que um pênalti validado pelo árbitro em um embate contra o Rio Ave foi mais tarde anulado pelo VAR.
Outro episódio marcante para a indignação do presidente portista foi o jogo contra o Arouca. Naquele jogo, Pinto da Costa argumenta que um pênalti sobre Galeno não recebeu a devida atenção, levantando suspeitas não só sobre o rigor dos árbitros de campo, mas principalmente sobre o discernimento dos operadores do VAR. Para ele, o mais alarmante é a percepção de que essas decisões não são falhas isoladas, mas sim parte de uma sequência de erros que parece seguir um padrão prejudicial ao seu clube.
A gota d'água para Pinto da Costa veio com a recente disputa contra o Estoril, onde um claro pênalti devido a um cotovelaço em Francisco Conceição foi revisto e surpreendentemente desconsiderado. Esta decisão, que o presidente do Porto considera um erro gravíssimo, amplificou ainda mais seus sentimentos de injustiça e parcialidade contra o seu clube. A questão aqui ultrapassa os limites de uma simples decisão errada, levando o dirigente a questionar seriamente a competência e intenção dos que operam esta tecnologia.
Porém, além de expressar insatisfação, Pinto da Costa foi além, atacando diretamente Tiago Martins. Ele sugeriu que, em vez de se concentrar na precisão das decisões, Martins poderia estar mais preocupado em buscar apoio político ou reconhecimento pessoal nas esferas do futebol. Essa crítica não surpreende em meio ao clima de tensão, onde as decisões do VAR têm consumido debates em mesas redondas e programas esportivos por todo o país.
Ao terminar sua crítica, Pinto da Costa deixou uma reflexão sobre a qualidade dos árbitros escolhidos para operar o VAR. Ele classificou como "embaraçoso" o panorama atual, onde vê o seu clube sendo repetidamente prejudicado por decisões que, do seu ponto de vista, são claras e críveis. As suas observações ecoam preocupações mais amplas na comunidade do futebol, onde a judiciosidade das decisões do VAR é constantemente posta à prova e muitas vezes resulta em intensos debates e análises das partidas.
Enquanto o presidente do FC Porto vocaliza suas insatisfações, a discussão sobre o VAR permanece aberta e pulsante com expectativas de revisões nas práticas de arbitragem que tragam um equilíbrio mais justo para o esporte. Será que as críticas de Pinto da Costa finalmente resultarão em mudanças? Só o tempo dirá se o VAR se tonará mais um aliado do que um vilão no campo de jogo.