IBGE recebe autorização para contratar 9.580 profissionais temporários em todo o Brasil

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IBGE recebe autorização para contratar 9.580 profissionais temporários em todo o Brasil

Quando Esther Dweck, ministra do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e Simone Tebet, ministra do Ministério do Planejamento e Orçamento assinaram, na terça‑feira, 12 de agosto de 2025, a Portaria Conjunta nº 58/2025, o IBGE ganhou luz verde para contratar até 9.580 profissionais em regime temporário.

Contexto histórico e motivação do governo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sempre foi a espinha dorsal das estatísticas oficiais do país. Após o censo de 2022, a demanda por pesquisas de campo aumentou, especialmente para levantamentos de renda, emprego e mapeamento territorial. Em 2023, o instituto já havia autorizado a contratação de 8.141 temporários; este novo número representa um acréscimo de quase 18%.

Mas a razão não é só volume. O Ministério da Gestão tem enfatizado a necessidade de “intervenções de excepcional interesse público”, frase que costuma aparecer em portarias desse tipo para justificar contratações rápidas e focadas.

Detalhes das vagas e remuneração

Das 9.580 vagas, 8.480 são destinadas a Agentes de Pesquisas e Mapeamento, responsáveis por percorrer ruas, coletar informações de domicílios e inserir dados em softwares de campo. Os restantes, 1.100 cargos, são para Supervisores de Coleta e Qualidade, que auditam o trabalho dos agentes e garantem a consistência dos resultados.

Segundo dados de editais anteriores, o salário-base dos agentes gira em torno de R$ 2.676,24, já o supervisor recebe cerca de R$ 3.379,00. Quando somados aos benefícios – auxílio‑alimentação, auxílio‑transporte e auxílio‑pré‑escolar – o total pode chegar próximo a R$ 4.000 para ambos os cargos.

Exige‑se apenas o nível médio completo, o que abre portas para milhares de jovens que ainda não concluíram o ensino superior. A oportunidade é, portanto, particularmente atraente para quem busca estabilidade enquanto se prepara para concursos de carreira.

Processo seletivo e papel da Fundação Getúlio Vargas

A banca organizadora escolhida foi a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ela será responsável por elaborar o edital, conduzir a inscrição online, aplicar as provas e publicar o resultado.

O contrato com a FGV tem prazo de até seis meses, ou seja, a assinatura deverá ocorrer até fevereiro de 2026, conforme a Portaria Conjunta nº 58/2025. A expectativa é que o primeiro edital seja publicado “o mais rápido possível”, permitindo abertura de inscrições ainda dentro de 2025.

Os candidatos serão avaliados em duas fases: prova objetiva de conhecimentos gerais e, para supervisores, uma segunda etapa de análise de currículo e experiência de campo.

Distribuição geográfica das vagas

O IBGE informou que as oportunidades serão distribuídas em aproximadamente 530 municípios de todos os cantões brasileiros, garantindo cobertura nacional. Cidades de médio porte, como Campinas, Fortaleza e Manaus, aparecem no radar, mas também haverá vagas em localidades remotas da Região Norte.

Essa amplitude reflete a estratégia do governo de descentralizar a coleta de dados, evitando concentrações apenas em capitais.

Impacto para o mercado de trabalho e para a sociedade

Impacto para o mercado de trabalho e para a sociedade

Economistas apontam que a contratação temporária gera um impulso imediato no consumo das famílias que recebem salários, ainda que por um período limitado. Além disso, a qualidade dos números oficiais tende a melhorar quando há mais fiscais de campo.

Do ponto de vista dos candidatos, a temporariedade pode ser vista como degrau – um acesso rápido ao serviço público que abre portas para concursos posteriores. Alguns especialistas em carreira dizem que “essas vagas costumam ser menos concorridas que os concursos permanentes, mas exigem dedicação total durante o contrato”.

Para o IBGE, a ampliação da força‑trabalho é fundamental para cumprir o calendário de pesquisas previstas para 2026, que inclui a atualização dos indicadores de pobreza e a realização de um novo levantamento de moradia.

Próximos passos e o que esperar

Até fevereiro de 2026, o IBGE deve concluir a assinatura do contrato com a FGV e publicar o primeiro edital. Em seguida, as inscrições ficarão abertas por, no mínimo, 30 dias. Os resultados prováveis de aparecer em meados de 2026, permitindo que os contratos com duração de um ano com possibilidade de prorrogação até quatro anos entrem em vigor ainda nesse ano.

Fique atento aos canais oficiais do IBGE e da FGV – eles divulgarão as datas exatas e os requisitos detalhados. Se você tem nível médio completo e busca uma chance de entrar no serviço público, vale a pena começar a montar o currículo agora.

Perguntas Frequentes

Quem pode se candidatar às vagas do IBGE?

Qualquer pessoa com ensino médio completo pode concorrer às posições de Agente de Pesquisas e Mapeamento ou Supervisor de Coleta e Qualidade, desde que atenda aos requisitos de idade mínima (18 anos) e não tenha restrições judiciais que impeçam a ocupação de cargo público.

Qual será a remuneração total, incluindo benefícios?

O salário‑base dos agentes é de R$ 2.676,24 e dos supervisores R$ 3.379,00. Somados aos auxílios de alimentação, transporte e pré‑escolar, o pagamento mensal pode chegar próximo a R$ 4.000, dependendo da carga de benefícios vigente no período.

Como será feito o processo seletivo?

A Fundação Getúlio Vargas organizará um concurso simplificado com prova objetiva de conhecimentos gerais para todos os candidatos. Para a vaga de Supervisor, haverá ainda avaliação de currículo e experiência de campo. As provas serão realizadas em centros de teste espalhados pelos 530 municípios participantes.

Quando o edital será publicado?

A Portaria estabelece que o edital deve ser publicado em até seis meses, o que fixa o prazo máximo em fevereiro de 2026. Contudo, o IBGE pretende lançar o edital o quanto antes, possivelmente ainda no final de 2025.

Qual a duração dos contratos?

Os contratos são de um ano, com possibilidade de prorrogação por até três anos adicionais, totalizando no máximo quatro anos, conforme a necessidade de conclusão das pesquisas estatísticas.

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6 Comentários

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    Mauro Rossato

    outubro 6, 2025 AT 21:24

    Tá vindo uma chuva de oportunidades pro pessoal que terminou o ensino médio, e o IBGE parece ter aberto a torneira! R$ 2.676,24 + benefícios tão próximo de R$ 4.000 é um baita incentivo pra quem tá buscando entrar no serviço público. As vagas vão chegar em quase 530 municípios, então dá pra achar uma quase onde vc mora. É a chance de pegar experiência de campo e ainda colocar um peso no currículo.

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    João Paulo Jota

    outubro 14, 2025 AT 23:51

    Ah, claro, porque o Brasil só precisa de mais 9 mil gente pra contar quantos moradores tem cada canto, né? Enquanto isso deixamos de lado os verdadeiros problemas da nação. Mas tudo bem, vamos celebrar mais um edital como se fosse a solução de tudo.

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    Luciano Hejlesen

    outubro 23, 2025 AT 02:18

    É impressionante como o governo consegue transformar estatísticas em promessas de salário bonito 🤑📈. Claro, todo esse “interesse público” tem seu preço, mas quem não quer um troco extra no fim do mês?

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    Aline de Vries

    outubro 31, 2025 AT 04:44

    Essas vagas são realmente uma porta de entrada para quem quer construir uma carreira no serviço público. Não perca tempo e já comece a montar seu currículo.

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    Circo da FCS

    novembro 7, 2025 AT 17:18

    Mais um edital e ainda falta transparência

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    Savaughn Vasconcelos

    novembro 15, 2025 AT 05:51

    De fato, a ampliação do contingente de agentes do IBGE pode gerar efeitos colaterais positivos que vão muito além do simples preenchimento de formulários. Primeiro, ao inserir 9.580 novos profissionais, ele cria um estímulo direto ao consumo nas famílias que receberão os salários, impulsionando o comércio local em regiões ainda marginalizadas. Segundo, a maior cobertura territorial permite que indicadores de pobreza e moradia sejam capturados com maior granularidade, o que é essencial para políticas públicas eficazes. Terceiro, a experiência prática que esses agentes adquirem no campo, lidando com diferentes realidades socioculturais, enriquece o capital humano do país, formando profissionais que podem migrar para outras áreas do Estado. Quarto, o processo seletivo conduzido pela FGV garante um padrão de qualidade nas provas, reduzindo a possibilidade de fraudes e assegurando que apenas candidatos com preparação suficiente avancem. Além disso, a presença de supervisores de coleta e qualidade, que auditam o trabalho dos agentes, eleva a confiabilidade dos dados produzidos, diminuindo margens de erro estatístico. Outro ponto relevante é o efeito de multiplier nos municípios menores, onde a presença de agentes temporários pode incentivar a criação de outras oportunidades de emprego indireto, como transporte e alimentação. Também vale notar que a temporariedade das contratações, embora limitada, oferece uma janela de mobilidade profissional, permitindo que os servidores testem diferentes regiões antes de se fixarem. Por fim, o fato de que a remuneração total chega próximo a R$ 4.000, com benefícios, coloca o cargo em patamares competitivos frente ao mercado privado, o que pode reduzir a informalidade. Em suma, esse movimento pode ser visto como um investimento estratégico na infraestrutura de informação do Brasil, que trará retornos em termos de políticas públicas mais acertadas e desenvolvimento econômico sustentável.

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