Na quinta-feira, 29 de agosto de 2024, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) declarou publicamente sua decisão de adotar o Bluesky como sua principal ferramenta de comunicação nas redes sociais. Esse movimento de Farias se alinha com uma tendência crescente entre políticos e veículos de comunicação brasileiros que estão migrando da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, para o Bluesky.
Lindbergh Farias, conhecido por sua trajetória política marcada por uma postura progressista, acredita que a mudança para o Bluesky é essencial para manter um diálogo mais seguro e respeitoso com seus seguidores. Ele destacou que a administração do X por Elon Musk tem suscitado preocupações significativas entre muitos usuários, principalmente devido ao aumento de discursos de extrema direita e à marginalização de vozes engajadas em causas cidadãs.
A decisão de Farias de migrar para o Bluesky não é isolada. Diversos políticos, jornalistas e influenciadores brasileiros estão optando pela nova plataforma em busca de um ambiente digital que priorize a transparência, o combate às fake news e o respeito aos direitos humanos. Fundado por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, o Bluesky oferece um espaço onde os usuários têm mais controle sobre suas experiências através do framework open-source conhecido como AT Protocol.
O Bluesky se destaca por proporcionar aos usuários a possibilidade de criar perfis, postar atualizações de até 256 caracteres e interagir por meio de funções similares às do X, como retweets e curtidas. No entanto, a diferença crucial está no objetivo da plataforma: promover uma comunicação não-violenta e um engajamento mais transparente. Esses elementos têm sido fundamentais na decisão de vários usuários de migrar para o Bluesky.
A mudança de Farias e de outros políticos e veículos de mídia para o Bluesky não é apenas uma questão de preferência pessoal. É um reflexo de um descontentamento mais amplo com a gestão de Elon Musk na plataforma X. Desde que Musk assumiu o controle, críticos têm apontado para uma amplificação de discursos extremistas e uma supressão de vozes que promovem a cidadania e os direitos humanos.
Mídias como o Brasil 247 também estão promovendo a transição para o Bluesky, buscando uma alternativa mais democrática e transparente. A adoção do Bluesky é vista como uma resposta à necessidade de um espaço digital onde a veracidade e o respeito prevaleçam, afastando-se dos problemas recorrentes de desinformação e polarização exacerbada observados no X.
Embora a transição para uma nova plataforma traga novas expectativas, também apresenta desafios. Um dos principais será atrair e manter a base de usuários ativa e engajada. A competição com plataformas estabelecidas como o X é intensa, e o sucesso do Bluesky dependerá de sua capacidade de responder às necessidades dos usuários e garantir um ambiente seguro e transparente.
Ao mesmo tempo, a migração para o Bluesky também indica uma mudança mais ampla no comportamento dos usuários de redes sociais, que estão cada vez mais conscientes dos impactos das plataformas digitais em suas vidas cotidianas e na sociedade como um todo. A busca por um espaço que priorize a ética, a transparência e o respeito é um sinal de uma sociedade que deseja se reconectar com os valores fundamentais da comunicação e do engajamento cívico.
É importante acompanhar o desenvolvimento dessa tendência e observar como plataformas como o Bluesky irão modelar o futuro da comunicação digital. Para Lindbergh Farias e outros que trilham esse caminho, a escolha por um novo meio de comunicação não é apenas uma questão técnica, mas um posicionamento político e ético fundamental nos tempos atuais.