Verstappen desiste da luta pelo título da F1 2025 após saída da pista e terceiro lugar em Interlagos

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Verstappen desiste da luta pelo título da F1 2025 após saída da pista e terceiro lugar em Interlagos

Quando Max Verstappen saiu da pista no início da corrida da Grande Prêmio de São PauloInterlagos em 9 de novembro de 2025, ninguém esperava que ele terminaria no pódio. Menos ainda, que diria, em tom quase resignado: "Posso esquecer o título de 2025". E foi exatamente isso que aconteceu — um dos maiores pilotos da era moderna da F1, quatro vezes campeão mundial, forçado a encarar a realidade de um fim de temporada que se desmoronou em poucas horas. Tudo começou com um carro que não respondia, um desempenho desastroso na classificação e, depois, uma série de substituições técnicas que o obrigaram a largar da pista de boxes.

Um carro que não quis saber de pista

A Oracle Red Bull Racing enfrentou uma noite de incertezas antes da corrida. Verstappen foi eliminado na Q1, o que não acontecia desde 2022. O RB21 — seu carro — apresentava sérios problemas de oversteer, especialmente na curva 9, onde o asfalto e a configuração da suspensão o transformavam em um trenó sem freios. "Foi só ruim. Não conseguia empurrar. O carro estava todo descontrolado, escorregando. Tive que andar devagar só para não perder o controle", admitiu Verstappen após a sessão. A equipe, sob pressão, decidiu trocar o motor de potência, a unidade de energia e outros componentes além do limite permitido pela regulamentação da Fédération Internationale de l'Automobile (FIA). A regra 28.7 da FIA exige que qualquer carro com mais de 10 componentes substituídos comece da pista de boxes. E foi exatamente isso que aconteceu.

Recuperação quase mágica

O que se seguiu foi uma das maiores exibições de habilidade da temporada. Com pneus desgastados desde a largada, Verstappen começou a ultrapassar carros como se estivesse em um jogo de vídeo. Na volta 32, uma pressão excessiva na traseira causou um pneu furado, forçando-o a entrar nos boxes sob o Virtual Safety Car. Saiu em último. Mas não desistiu. Na volta 55, com pneus novos, saltou para o quarto lugar. Aí veio o momento que deixou a torcida em pé: ele ultrapassou Fernando Alonso, da Aston Martin Aramco Formula One Team, e chegou a liderar temporariamente na reta principal, quase superando Lando Norris, da McLaren Formula 1 Team. Terminou em terceiro. "Isso é algo que eu nunca imaginei dizer", confessou ele, sorrindo, no pódio. "Mas hoje, o carro me deu uma segunda chance. E eu não a desperdicei."

Um fim de temporada que se desfaz

Um fim de temporada que se desfaz

O resultado aumentou a lacuna entre Verstappen e Norris para 39 pontos. Com apenas duas corridas restantes — Grande Prêmio de Abu Dhabi em 23 de novembro e a estreia em Las Vegas em 30 de novembro —, a matemática é implacável. Mesmo que Verstappen vença as duas e Norris não pontue, ele ainda ficaria 11 pontos atrás. E isso sem considerar que Norris venceu sete corridas em 2025. "Agora é sobre fechar a temporada com dignidade", disse um técnico da Red Bull, pedindo anonimato. "O título está morto. O que resta é mostrar que ainda somos os mais rápidos, mesmo sem o carro certo." Ainda pior para a equipe: seu companheiro, Yuki Tsunoda, foi eliminado na Q1 e terminou fora da zona de pontos — a primeira vez desde o GP do Japão de 2006 que a Red Bull tem dois pilotos fora da Q2 em uma corrida. A pressão interna cresce. O diretor de corrida Niels Wittich teve que intervir em duas situações: uma colisão entre Oscar Piastri e Franco Colapinto na volta 6, que gerou um red flag, e a queda do brasileiro Gabriel Bortoleto, da Stake F1 Team Kick Sauber, na última volta da sprint race.

Outras histórias no circuito

Enquanto Verstappen lutava pelo pódio, Lewis Hamilton, da Scuderia Ferrari, teve um dia desastroso. Recebeu uma penalidade de cinco segundos por causar uma colisão com Colapinto e terminou em 17º. Já Esteban Ocon, da Kick Sauber, também largou da pista de boxes por causa de uma nova unidade de combustão interna — e terminou em 12º. A corrida foi marcada por um clima de caos técnico, mas também por momentos de genialidade. Norris, que venceu pela sétima vez, confirmou sua superioridade. E Kimi Antonelli, o jovem italiano da Mercedes, surpreendeu ao terminar em segundo — sua melhor classificação na carreira.

As consequências que vão além do pódio

As consequências que vão além do pódio

A Red Bull, que dominou a F1 por quatro anos, agora enfrenta uma crise de confiança. Os engenheiros admitem que o RB21 não foi projetado para o novo regulamento aerodinâmico de 2025. O sistema de suspensão traseira, que funcionava perfeitamente em 2024, agora gera instabilidade em curvas de alta velocidade. A equipe está correndo contra o tempo para corrigir o problema antes de Abu Dhabi. Mas o dano psicológico é maior: Verstappen, que sempre encarou a F1 como um desafio pessoal, parece mais cansado. "Eu não me rendo", disse ele. "Mas o título? Não. Esqueci." Enquanto isso, Norris respira aliviado. Com 39 pontos de vantagem, ele pode até relaxar um pouco. Mas não vai. "Ainda não é feito", disse ele. "A F1 não perdoa. E Verstappen ainda tem fome."

Frequently Asked Questions

Por que Verstappen largou da pista de boxes?

Porque a Oracle Red Bull Racing substituiu mais de 10 componentes do carro de Verstappen — incluindo o motor de potência e a unidade de energia — após a classificação, ultrapassando o limite permitido pela FIA para a temporada de 2025. A regra 28.7 exige que qualquer carro com mais de 10 peças trocadas comece da pista de boxes, mesmo que o piloto tenha feito uma boa classificação.

Qual é a situação do campeonato agora?

Lando Norris lidera com 39 pontos de vantagem sobre Max Verstappen, com apenas duas corridas restantes. Mesmo que Verstappen vença as duas e Norris não pontue, ainda faltariam 11 pontos para a virada. A matemática é impossível, e Verstappen já admitiu publicamente que desistiu da luta pelo título.

O que aconteceu com o carro da Red Bull?

O RB21 apresenta problemas graves de instabilidade aerodinâmica, especialmente na curva 9 de Interlagos. O oversteer excessivo faz o carro escorregar, forçando o piloto a reduzir a velocidade. A equipe reconhece que o chassi foi projetado para o regulamento de 2024 e não se adaptou bem às novas regras de 2025, especialmente na parte traseira.

Por que a Red Bull teve dois pilotos eliminados na Q1?

É a primeira vez desde o GP do Japão de 2006 que a equipe não tem nenhum piloto na Q2. Isso reflete uma crise técnica profunda: o carro não tem velocidade de ponta, e os pneus não respondem bem às mudanças de temperatura. Yuki Tsunoda, que estava em ritmo de ponta em 2024, agora luta para manter o carro na pista.

Quem é o novo rival de Verstappen?

Lando Norris, com sete vitórias em 2025, é o novo dominador da F1. Mas o verdadeiro desafio está em seu companheiro de equipe, Oscar Piastri, que está a mais de 20 pontos atrás. A McLaren, que não vencia desde 2021, agora tem dois pilotos em ritmo de campeão — algo que a Red Bull não consegue mais replicar.

O que esperar nas próximas corridas?

Abu Dhabi e Las Vegas serão testes de resistência para a Red Bull. A equipe promete novas atualizações no carro, mas não há garantias. Verstappen pode vencer uma corrida, mas não o campeonato. Já Norris, com a vantagem e a confiança, pode fechar a temporada com um título incontestável — e talvez o mais dominante da última década.

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1 Comentários

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    gabriel salvador

    dezembro 2, 2025 AT 09:42
    Verstappen foi o herói do dia, mesmo sem o título. Esse homem é puro fogo, mano. Carro bagunçado, pneu furado, largando de último e ainda chegou no pódio? Isso aqui é F1, não é videogame. 👏

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